Erros comuns no planejamento orçamentário no agronegócio e como evitá-los

No agronegócio, onde os ciclos produtivos são longos e as variáveis externas podem mudar rapidamente, o planejamento orçamentário é mais do que uma simples previsão de receitas e despesas. Usado de forma estratégica, ele contribui para garantir que o produtor rural esteja preparado para enfrentar os desafios financeiros ao longo do ano, otimizar seus recursos e maximizar sua rentabilidade. Além disso, um planejamento orçamentário bem estruturado permite ao produtor rural prever a necessidade de investimentos, gerenciar o fluxo de caixa de forma eficiente e manter a sustentabilidade de suas operações, mesmo diante de crises e oscilações de mercado. Neste outro conteúdo você pode entender mais sobre o papel do planejamento orçamentário no agronegócio.

Entretanto, apesar de sua importância, muitos são os erros cometidos durante a elaboração e execução do orçamento, o que pode comprometer a eficiência financeira e o alcance de suas metas. 

A seguir, abordaremos os erros mais comuns no planejamento orçamentário no agronegócio e apresentaremos dicas práticas para evitá-los, garantindo uma gestão financeira mais assertiva e sustentável.

1. Falta de análise detalhada de custos

Um dos erros mais recorrentes no planejamento orçamentário é subestimar ou superestimar os custos. Muitos produtores deixam de considerar despesas essenciais ou utilizam dados desatualizados para projetar seus custos. Isso pode resultar em um orçamento que não reflete a realidade operacional.

Como evitar: Realize uma análise minuciosa de todos os custos envolvidos na produção, desde insumos, mão de obra, até os custos operacionais. Use dados recentes e faça revisões periódicas para garantir que o orçamento esteja alinhado com a realidade.

2. Não considerar adequadamente a sazonalidade do fluxo de caixa

No agronegócio, a sazonalidade é um fator chave, pois as receitas e despesas não ocorrem de maneira linear ao longo do ano. Muitos produtores não avaliam cautelosamente essas variações sazonais, o que pode gerar problemas de fluxo de caixa em determinados períodos.

Como evitar: Tenha especial atenção e conservadorismo quanto a questão da sazonalidade, prevendo os períodos de maior receita e aqueles de maiores despesas. Isso permitirá planejar antecipadamente as necessidades de capital de giro e evitará surpresas no caixa.

3. Planejar com base em estimativas otimistas

O otimismo exagerado é um erro que pode levar à frustração e à falta de recursos. Planejar com base em cenários muito otimistas pode resultar em uma expectativa irrealista de receitas ou subestimação de despesas, comprometendo o orçamento.

Como evitar: Trabalhe com diferentes cenários no planejamento orçamentário, sendo conservador nas estimativas de receitas e realista nas previsões de custos. Cenários pessimistas ajudam a preparar o negócio para períodos de baixa e a garantir uma gestão financeira mais robusta.

4. Falta de monitoramento e ajustes frequentes

Elaborar um planejamento orçamentário e não o revisar periodicamente é um erro grave. O mercado do agronegócio é dinâmico e fatores como preço dos insumos, produtividade e demanda do mercado podem mudar rapidamente. Não ajustar o planejamento de acordo com essas variáveis pode levar a decisões inadequadas.

Como evitar: Monitore regularmente o orçamento. Realize reuniões de revisão orçamentária para acompanhar o desempenho financeiro e corrigir possíveis desvios antes que eles causem maiores impactos.

5. Não envolver a equipe no processo

Mesmo no caso de orçamentos elaborados de forma centralizada dado o contexto do produtor, é importante em determinado momento passar a envolver a equipe no processo. Não realizar esta interação pode resultar em um planejamento desconectado da realidade operacional e menor comprometimento na execução do orçamento.

Como evitar: Envolva sua equipe no processo de planejamento orçamentário. Cada área tem uma visão específica das necessidades e desafios do negócio, o engajamento coletivo garante que o planejamento seja mais realista e exequível.

6. Subestimar o impacto dos fatores externos

Uma das certezas que temos é que eventualidades podem acontecer e fatores externos interferem diretamente no negócio como por exemplo questões ligadas a volatilidade do mercado (taxa câmbio e preço) e questões climáticas (quebra de produção). Alguns produtores podem subestimar estes aspectos no momento de planejar o orçamento.

Como evitar: Uma das alternativas é trabalhar com diferentes tipos de cenários para o orçamento: pessimista, realista e otimista. Esses cenários abrangem premissas diferentes e variáveis externas possíveis que podem afetar ao negócio:  taxa de câmbio, redução de produção em decorrência de questões climáticas, queda ou aumento de preço considerando a volatilidade do mercado. Estando os três cenários desenhados a empresa consegue um apoio para melhor direcionar as ações e mitigar os riscos.

Você ainda atua sem um planejamento orçamentário ou ou necessita de auxílio para corrigir algum ponto citado?

Evitar esses erros comuns no planejamento orçamentário é essencial para garantir a sustentabilidade e o crescimento do seu negócio. Um planejamento bem estruturado, que considera todos os fatores relevantes e é ajustado com frequência, pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso.

Contar com especialistas que entendem dos aspectos financeiros e das particularidades do agronegócio contribui para a realização de um planejamento orçamentário sólido e eficaz.

A Assessoria Administrativo-Financeira da CCAB fornece o suporte necessário para otimizar sua gestão financeira, garantindo que você tenha um planejamento orçamentário bem estruturado para tomadas de decisões estratégicas baseadas em dados e realidade operacional. Fale com a gente e conte com nossa assessoria agro!

O impacto da Governança na gestão financeira do agronegócio

Uma gestão financeira bem estruturada e uma Governança estabelecida, são dois dos pilares essenciais para garantir a sustentabilidade e crescimento contínuo das operações no agronegócio.

Mas afinal, você sabe o que é Governança e como ela impacta diretamente na gestão financeira?

O que é Governança?

Partindo de 4 princípios: transparência, equidade, accountability (prestação de contas) e responsabilidade corporativa, a Governança é um conjunto de regras, práticas e processos que facilitam a gestão de forma a orientar e direcionar as atividades de uma empresa, garantindo a eficiência, ética e transparência para atender às necessidades, direitos e responsabilidades de todos os envolvidos, incluindo acionistas, funcionários, clientes e fornecedores.

Uma boa Governança deve conter componentes essenciais bem definidos, como:

1. Estrutura de Governança: a segregação de funções e a definição clara de responsabilidades são fundamentais para evitar conflitos de interesse e promover a tomada de decisão independente, uma ferramenta muito utilizada é a matriz de responsabilidade ou matriz RACI;

2. Transparência: envolve a divulgação de informações relevantes a todos de forma precisa e transparente.  Aplicado na área financeira, este ponto envolverá relatórios financeiros auditados, práticas de contabilidade consistentes e o respeito às normas. Destaca- se que a promoção da transparência pode ser aplicada com a adoção de Painel de indicadores e gestão, este com BI ou gráficos de claro entendimento;

3. Gerenciamento de riscos: as práticas de governança devem incluir um sistema robusto de controle interno e auditoria, além de uma abordagem proativa para a gestão de riscos financeiros, operacionais, de mercado, ambientais, dentre outros. Mercadologicamente falando, a adoção de sistemas que atendem a ISO 31000 pode auxiliar na gestão dos riscos corporativos;

4. Conformidade e ética: leis e regulamentos, assim como a promoção de uma cultura ética dentro da organização, são pilares essenciais. Programas de compliance e códigos de conduta ajudam a garantir que a empresa opere dentro dos parâmetros legais e éticos. Uma boa prática é adoção de escolas corporativas que possuem a responsabilidade de manter a cultura do compliance e conformidades sempre ativas, além de promover a positivação institucional dos controles e procedimentos.

A Governança e a gestão financeira

Apesar dos desafios da Governança no agronegócio, quando ambas as práticas são aplicadas em conjunto, é possível obter uma gestão eficiente dos recursos financeiros, garantindo estabilidade e crescimento sustentável, além de colaborar para a proteção de investimentos e imagem da empresa perante o mercado.

Confira abaixo os 6 principais impactos da Governança na gestão financeira:

  1. Planejamento financeiro realizado de forma clara e alinhado com as estratégias da empresa;
  2. Eficiência na alocação de recursos por meio de processos orçamentários rigorosos e baseados em dados;
  3. Gestão e controle de custos, com acompanhamento contínuo;
  4. Utilização de ferramentas para análise de investimentos para tomadas de decisões;
  5. Transparência, ética e confiança colaborando para facilitar a prestação de contas internamente aos demais sócios, bem como a terceiros, principalmente agentes financiadores;
  6. Mitigação de riscos e sua gestão em tempo hábil para uma tomada de decisão.

Como aplicar a Governança em sua gestão financeira

A implementação da Governança Financeira é um processo estratégico e contínuo que visa aprimorar a gestão financeira e operacional da empresa.

No agronegócio, esse processo envolve, principalmente, a criação de uma estrutura sólida de controles, a adoção de práticas transparentes e a gestão eficaz de riscos. Desta forma, é importante que você:

Está precisando de apoio para a sua gestão financeira?

Atuamos com ferramentas e soluções que promovem uma Governança eficiente, apoiando empresas do agronegócio a se estruturarem e crescerem exponencialmente.

Conte com nossa equipe multidisciplinar e tenha o efetivo acompanhamento de sua gestão financeira, obtendo assertividade e transparência.

Conheça mais sobre nossas soluções em Assessoria Administrativo-Financeira e fale com a gente.

O Conselho Consultivo como apoio estratégico para o agronegócio

Pensando em resultados e sustentabilidade para o negócio, a implementação de um Conselho Consultivo é uma das primeiras iniciativas para atuar de forma estratégica com a aplicação das melhores práticas para a busca de uma excelência na governança, transparência e foco em seu negócio.

Por definição, diferente do Conselho de Administração que possui responsabilidades fiduciárias e com responsabilidades mais fortes para os integrantes que compõem o CAD, o Conselho Consultivo é formado por um grupo de profissionais selecionados para orientar o negócio de forma estratégica. Apesar de não ter poder de decisão final, representa um papel importante no apoio à liderança.

Para a formação de um Conselho Consultivo eficaz, alguns pontos importantes devem ser considerados:

O Conselho Consultivo como ferramenta para o agronegócio

No contexto do agronegócio, o Conselho Consultivo desempenha um importante papel e oferece benefícios que contribuirão para que o produtor rural (PF e PJ) possam enfrentar os desafios do setor e encontrar novas oportunidades em seu negócio, orientando e trazendo informações importantes em diferentes áreas:

  1. Implementação de novas tecnologias;
  2. Pesquisa e desenvolvimento;
  3. Práticas sustentáveis e ESG;
  4. Gestão e operação;
  5. Eficiência operacional e otimização de custos e produção;
  6. Planejamento estratégico a longo prazo;
  7. Exploração de novos mercados;
  8. Insights sobre tendências de consumo e demandas de mercado;
  9. Orientação estratégica para captação de recursos;
  10. Gestão financeira;
  11. Conformidade regulatória.

Desta forma, pode-se dizer que um Conselho Consultivo bem estruturado pode ser um diferencial para que o produtor rural possa manter seu negócio competitivo perante a um mercado em constante oscilação e evolução.

Por que contar com o apoio de um Conselho Consultivo?

Como visto, um Conselho Consultivo bem estruturado e aplicado como ferramenta estratégica no agronegócio pode proporcionar uma vantagem competitiva significativa, trazendo benefícios que vão desde a inovação até as melhorias na gestão, como:

De forma prática, o suporte de conselheiros experientes contribui para que o produtor rural tenha clareza e confiança para enfrentar desafios,  aproveitar novas oportunidades e crescer exponencialmente de maneira sustentável e lucrativa.

Conte com o apoio de uma equipe sênior

Além de atuar de forma estratégica oferecendo soluções e o apoio que o produtor rural necessita para potencializar a sua gestão financeira de forma eficiente, a CCAB Projetos atua de forma orientativa.

Com profissionais multidisciplinares, habilitados, certificados e com experiência atuando em conselhos de administração, oferecemos ao produtor rural uma equipe sênior presente nas reuniões de Conselho Consultivo, trazendo amplo know-how para uma Governança inteligente.

Fale com a gente e tenha o apoio que você precisa para cuidar de seu negócio com assertividade e transparência na gestão.

Modelagem de processos no agronegócio e os impactos na gestão financeira

A competitividade é um dos fatores mais discutidos em diversos cenários e segmentos de negócios e, para se destacar no mercado, é indispensável que a gestão seja feita de forma clara e assertiva.

Neste ponto, os processos, desde sua definição, aplicação e monitoramento, têm se tornado peça chave.

No agronegócio, a modelagem de processos emerge como ferramenta fundamental para garantir o sucesso e sustentabilidade das operações, proporcionando uma visão clara e detalhada de todo o negócio.

Mas afinal, o que é a modelagem de processos?

A modelagem de processos é a representação e organização das atividades e fluxos de trabalho dentro de um negócio, com o objetivo de documentar, analisar e melhorar os processos.

No agronegócio, apesar de nem sempre ser considerada prioridade pelos produtores rurais, essa prática abrange desde o planejamento e plantio até a colheita, armazenamento, distribuição e comercialização dos produtos, impactando diretamente na:

Partindo destas três áreas, ao aplicar a modelagem de processos, o produtor rural passa a obter uma estruturação organizacional, com a possibilidade de ampliar a eficiência de seu negócio a partir de inúmeras vantagens:

Benefícios para a gestão financeira:

  1. Otimização de recursos e redução de custos;
  2. Gestão eficiente dos recursos financeiros;
  3. Aumento da produtividade;
  4. Tomadas de decisões assertivas e estratégicas;
  5. Gestão e mitigação de riscos.

Benefícios para a governança:

  1. Transparência e clareza sobre os processos;
  2. Controle e facilidade para a realização de auditorias;
  3. Mitigação de riscos e desenvolvimento de medidas preventivas;
  4. Eficiência operacional;
  5. Sustentabilidade.

Benefícios para a continuidade do negócio:

  1. Flexibilidade e adaptação às possíveis mudanças;
  2. Alinhamento com os objetivos estratégicos do negócio;
  3. Padronização dos processos, facilitando a capacitação e contratação de novos funcionários;
  4. Gestão financeira eficaz para enfrentar os desafios;
  5. Operações mais sustentáveis.

Como realizar a modelagem de processos no agronegócio?

A implementação da modelagem de processos no agronegócio é uma estratégia poderosa para otimizar as operações, melhorar a gestão e garantir a sustentabilidade e continuidade do negócio.

Mas, para alcançar esses benefícios, é essencial seguir uma abordagem estruturada que inclua o mapeamento, análise e aprimoramento contínuo dos processos.

A seguir, detalhamos os passos necessários para realizar a modelagem de processos de forma eficiente, garantindo que todas as atividades estejam alinhadas com seu objetivos estratégicos.

Os 5 passos da modelagem de processos

1. Mapeamento:
Identificação: comece identificando todas as atividades envolvidas no ciclo de produção, indo desde o preparo do solo até a comercialização dos produtos, pensando nas principais atividades de cada departamento.
Documentação: após a identificação é importante realizar a documentação de todas as etapas de cada processo. É essencial refletir sobre como o fluxo é realizado: sua execução, os responsáveis e sua validação.

2. Análise:
Identificação de falhas: com os processos já mapeados e documentados é importante realizar a análise de todas as etapas de execução, identificando gargalos, falhas, riscos, ineficiências e retrabalhos.

3. Melhorias:
Aprimoramento do processo atual: : a partir da análise previamente realizada, é possível propor um redesenho de processo no intuito de otimizar as atividades evitando o retrabalho.
Engajamento: envolva toda a equipe para garantir que os processos estejam pertinentes às necessidades de cada departamento de seu negócio.

4. Implementação:
Treinamento: realize treinamentos para assegurar que todos os colaboradores entendam e saibam como executar os novos processos.
Ferramentas e tecnologias: busque e utilize ferramentas e tecnologias necessárias para suportar os novos processos.

5. Monitoramento:
Monitoramento contínuo: acompanhe o desempenho dos novos processos através de indicadores de desempenho para assegurar a sua eficiência.
Ajustes e melhorias: sempre que necessário, realize ajustes e melhorias nos processos, considerando os resultados obtidos, os processos nunca devem ser engessados.

Aplique a modelagem de processos em seu negócio

Seja qual for o tipo de negócio, os processos são a base para uma boa governança, para que você possa gerir, organizar e alcançar a sustentabilidade.

Agora que você já conhece mais sobre a modelagem de processos, seus benefícios e os 5 passos para realizá-la, chegou o momento de começar a aplicar esta ferramenta importantíssima para o agronegócio.

Produtor rural, você tem processos definidos em sua unidade de produção?

A CCAB Projetos possui uma equipe de profissionais competentes e especializados para te auxiliar na organização de seu negócio, atuando com a modelagem de processos como ferramenta para aplicar a inteligência na sua gestão financeira. Conheça nossa Assessoria Administrativo-Financeira e conte conosco!

O papel do planejamento orçamentário no agronegócio

Dentro do complexo e dinâmico cenário do agronegócio, o planejamento orçamentário se apresenta como uma das ferramentas essenciais para garantir o crescimento e a sustentabilidade das operações.

É nele que se faz presente o processo de definição e organização dos recursos financeiros do negócio para atingir as metas estabelecidas. Desta forma, nele estão inclusos a previsão de receitas, despesas e investimentos futuros, assim como a alocação dos recursos de forma eficaz, garantindo que o negócio possa atingir as metas de crescimento, além de minimizar riscos financeiros.

Neste momento você deve estar se perguntando se o planejamento orçamentário e o planejamento financeiro são a mesma coisa. E a resposta é não!

Enquanto o planejamento orçamentário é feito de forma minuciosa para determinar o uso dos recursos financeiros de forma assertiva, o planejamento financeiro é uma ferramenta que abrange uma visão mais ampla e que inclui, além do planejamento orçamentário, aspectos como a captação de recursos, investimentos e fluxo de caixa.

Como é feito um planejamento orçamentário?

Geralmente construído em diversas etapas, o planejamento orçamentário é realizado de acordo com as necessidades de cada produtor rural, momento em que a empresa se encontra e nível de maturidade de gestão, sendo que a metodologia e a abordagem utilizada no momento do desenvolvimento deverá acompanhar estes mesmos pontos.

Quando falamos em abordagens para o planejamento orçamentário, o mesmo poderá ser desenvolvido em forma de competência ou em forma de caixa, sendo que:

Planejamento orçamentário em forma de competência: as receitas e despesas são registradas no momento em que são geradas, independente do momento em que o dinheiro é realmente recebido ou pago. Esta abordagem é relevante para avaliar as operações de forma independente do fluxo de caixa.

Planejamento orçamentário em forma de caixa: as receitas e despesas são registradas somente quando o dinheiro é efetivamente recebido ou pago. Esta abordagem é ideal para pequenos negócios que possuem um fluxo de caixa limitado, permitindo um controle eficaz dos recursos disponíveis.

Ainda, de forma geral, podemos dizer que existem duas formas de realizar o planejamento orçamentário: centralizado ou colaborativo.

Planejamento orçamentário centralizado

A responsabilidade pela elaboração do planejamento, assim como as tomadas de decisões financeiras, é concentrada em uma única pessoa ou uma única equipe de gestão, normalmente realizada pela alta administração do negócio.

Neste modelo, as diretrizes, metas e políticas orçamentárias são estabelecidas de cima para baixo, com pouca ou nenhuma participação das demais áreas ou departamentos da empresa, o que faz com que seja um modelo ágil para a tomada de decisão, mas com uma menor precisão nas estimativas, muitas vezes dificultando a implementação do orçamento no nível operacional.

Este tipo de planejamento orçamentário é comumente realizado por produtores rurais de pequeno e médio porte, os quais normalmente apenas atuam com o fluxo de caixa ou realizam um planejamento de forma mais simples.

Planejamento orçamentário colaborativo

Já neste modelo, o planejamento orçamentário conta com a participação e envolvimento de diversas áreas e departamentos, com a contribuição de gestores e equipes de diferentes áreas: agronômica, financeira, controle fiscal orçamentário, gestores, auditoria e comercial.

Desta forma, as diretrizes são estabelecidas de forma colaborativa e de acordo com as necessidades e perspectivas de todo o negócio, promovendo um alinhamento entre todas as áreas, aumentando o engajamento e comprometimento de todos com as metas estabelecidas e facilitando a identificação de novas oportunidades e melhorias no processo.

Por ser um modelo que exige um maior grau de complexidade e níveis diferentes de informações, normalmente este tipo de planejamento orçamentário é realizado por produtores de porte maior.

As etapas do planejamento orçamentário

Agora que você já conhece um pouco dos dois principais modelos de desenvolvimento do planejamento orçamentário, confira abaixo algumas das etapas para a construção do mesmo, levando em consideração as particularidades que o mercado do agronegócio apresenta:

1. Levantamento de informações: o primeiro passo é coletar informações detalhadas sobre as atividades da fazenda, incluindo área cultivada, tipos de culturas, ciclo de produção, histórico de produção, custos de insumos, mão de obra e equipamentos;
2. Análise do ambiente externo: considere fatores externos que possam influenciar as operações, como condições climáticas, preços de commodities, políticas governamentais, mercado consumidor e concorrência;
3. Definição de metas e objetivos: estabeleça metas e objetivos claros para o período que o planejamento orçamentário irá cobrir. Isso pode incluir metas de produção, redução de custos, aumento da eficiência, entre outros. Lembre-se sempre de estipular metas realistas de acordo com o seu negócio;
4. Estimativa de receitas: realização de projeções das receitas esperadas com a venda dos produtos agrícolas, levando em consideração preços de mercado, demanda do consumidor e estimativas de produção;
5. Estimativa de despesas: são previstos todos os custos e despesas associados à produção agrícola, incluindo insumos (sementes, fertilizantes, agroquímicos), custos de mão de obra, manutenção de equipamentos, despesas operacionais e logísticas;
6. Orçamento: com base nas projeções, é realizado o orçamento, envolvendo a alocação de recursos de acordo com as metas estabelecidas, garantindo que haja recursos suficientes para cobrir os custos e alcançar os objetivos pré estabelecidos;
7. Monitoramento: é fundamental monitorar regularmente o desempenho financeiro e operacional em relação ao planejado. Isso permite identificar desvios e tomar medidas corretivas conforme necessário para garantir que as metas orçamentárias sejam alcançadas;
8. Revisão e reajustes: a revisão periódica permite a fácil identificação de necessidade de reajustes de acordo com o planejamento orçamentário planejado e o realizado, tendo clareza nas discrepâncias e realizando correções para o próximo planejamento.

Motivos para realizar um planejamento orçamentário

Neste ponto, você já conhece um pouco mais sobre o que é o planejamento orçamentário e pontos importantes a serem considerados em seu desenvolvimento, mas você sabia que o planejamento orçamentário possui papel fundamental no agronegócio?

É por meio do monitoramento e constantes análises do planejamento orçamentário que é possível que o produtor rural consiga identificar pontos positivos e negativos durante a gestão financeira de seu negócio, avaliando quais foram as metas estabelecidas e quais foram as metas alcançadas/realizadas ao longo do processo, identificando quais foram as divergências do planejado e quais os motivos, buscando por melhorias para o próximo período.

Além disso, a partir do planejamento orçamentário, o produtor rural passa a ter:

  1. Controle de custos e despesas;
  2. Maximização da rentabilidade;
  3. Identificação de oportunidades de investimento;
  4. Previsão de receitas e fluxo de caixa;
  5. Tomadas de decisões assertivas;
  6. Melhorias na gestão de riscos.

De forma resumida, podemos dizer que ao incorporar o planejamento orçamentário em suas práticas de gestão, o produtor rural passa a contar com melhorias de desempenho financeiro e operacional, garantindo sua sustentabilidade a longo prazo.

6 fatores necessários para o produtor rural no desenvolvimento do planejamento orçamentário

Além dos fatores relevantes para o setor, como condições climáticas, custos de insumos e preços de commodities, ao realizar um planejamento orçamentário, o produtor rural deverá se atentar a 6 fatores primordiais para alcançar o sucesso e excelência durante sua gestão financeira, sendo eles:

1. Disciplina: o planejamento orçamentário é uma ferramenta que apresenta resultados a longo prazo. A disciplina é essencial para que o produtor consiga seguir a risca o que foi planejado, alcançando suas metas e objetivos com eficácia;
2. Cenários conservadores: durante todo o processo, é importante que sejam definidas metas possíveis e realistas, ao mesmo tempo em que o produtor rural passe a atuar em um cenário mais conservador, avaliando com clareza os custos e receitas do negócio;
3. Decisões planejadas: o produtor rural deverá atuar de forma planejada, evitando as características imediatistas para suas tomadas de decisões;
4. Processos: sempre tenha clareza em todos os processos dentro do agronegócio, quais suas metas e quem são os responsáveis por cada etapa;
5. Equipe capacitada: além de processos claros e bem definidos, atuar com uma equipe capacitada e com conhecimento para a realização de suas funções com excelência, contribui positivamente para alcançar os objetivos com maior facilidade;
6. Análise de dados: colete o máximo de dados possíveis de seu negócio e registre-os, de forma que facilite a visualização e análise dos mesmos para possíveis revisões e reajustes no planejamento.

Como obter um planejamento orçamentário efetivo?

Atuando diretamente no campo e com uma equipe multidisciplinar, a CCAB Projetos, por meio de ferramentas e metodologias, oferece soluções que permitem que o produtor rural tenha assertividade e transparência na gestão financeira, potencializando os resultados a longo prazo.

Com a Assessoria Administrativo-Financeira, atuamos de forma personalizada, desenvolvendo o planejamento orçamentário de acordo com as demandas, necessidades e momento em que o produtor rural se encontra, com um planejamento detalhado de receitas, custos e despesas, além de monitoramento da execução para correções financeiras necessárias.

Fale conosco e conte com o apoio e o efetivo acompanhamento de quem entende dos desafios do agronegócio, oferecendo soluções que irão contribuir para que seu negócio possa prosperar de forma sustentável.